Na Declaração do Milênio das Nações Unidas (2000), entre os pontos convergentes propostos por representantes de 101 países, estão entre outros assuntos, a disposição pela erradicação da pobreza, criando condições favoráveis ao desenvolvimento humano e o empenho em cuidar de modo mais amplo e efetivo em ações de proteção do patrimônio comum mais relevante, que é o nosso planeta. Considera-se a economia da cultura como força motriz de desenvolvimento, sustentado não só pelo fluxo de produção e expansão, mas antes de tudo porque os agentes criadores, os valores humanos e socioambientais levam ao aprimoramento local, tornando-se assim reconhecidamente como elemento de geração de riquezas.
A economia criativa é abundante, oferece sustentabilidade social, a inclusão produtiva de indivíduos e comunidades e não explora os recursos naturais e humanos.
A Economia Criativa é o grande mote do momento, descoberta (tardiamente) como opção capaz de (re) erguer economias. Houve o reconhecimento de sua importância e força, endossadas pela Unesco e ONU. Uma vez reconhecidos esses valores impalpáveis dos bens culturais, vai se desenvolvendo concomitantemente uma nova rede de consumo, legitimando-se os valores culturais inimitáveis e ímpares, retroalimentando a expansão criativa e cultural. A Identidade cultural confere aos produtos e serviços um caráter único. Partindo desse fundamento, uniu-se uma matéria prima excepcional o VETIVER (Chrysopogon Zizanioides) – capim perene da família das Poaceaes - por suas características infinitas de uso e aplicações (descritas a seguir), à possibilidade de desenvolvimento não só de produtos elaborados pelo arrojo e sensibilidade da artista plástica e designer Ddaniela Aguilar, mas a amplitude de alcance socioambiental enquanto desenvolvimento econômico e sustentável. Mais ainda, como possibilidades de ampliar e multiplicar ações com vivências de aprimoramento criativo, curativo e de incremento coletivo e individual através da experiência que o projeto KHAS VERTIVER é capaz de proporcionar. Os produtos apresentados são apenas uma amostra tangível da força que o Projeto KHAS VETIVER propõe, pois o intento absoluto e de maior força é o que não aparece na superfície: a ação transformadora individual de empoderamento que é possível proporcionar às pessoas envolvidas na produção desses objetos. Tal como a raiz do vetiver, a transformação atinge níveis profundos do ser, e como a propagação das mudas e das touceiras, pode-se oferecer a infinita potencialidade de criar agentes e pontos multiplicadores e multiplicáveis por todo o mundo.
O projeto KHAS VETIVER é uma proposta ampla, que consegue num único fio condutor, entremear-se em sustentabilidade, desenvolvimento humano seja em âmbito individual ou social. Também a progressão econômica que a Economia Criativa proporciona, construída a partir de arte e design. Todo o projeto KHAS VETIVER foi criado a partir de signos profundos, onde cada elemento possui um papel de suma importância, planejado dentro do que hoje é chamado de design thinking, onde a situação é abordada de um modo amplo, relacionando-se com múltiplas perspectivas, um modo criativo e flexível, aberto ao novo e a pormenores relevantes. Tudo foi elaborado criativamente e organizadamente para que haja o fluir de toda a cadeia: do plantio do vetiver, à propagação e multiplicação das mudas, ao benefício ambiental que a planta oferece ao uso da matéria prima bruta em objetos utilitários, ao processo curativo que o simples manuseio da planta proporciona o processo de desenvolvimento pessoal e coletivo aos envolvidos na confecção dos produtos, às oficinas imersivas para a multiplicação de possibilidades onde quer que seja do conceito do Projeto KHAS VETIVER.
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